sexta-feira, 23 de julho de 2010

Entrevista com Tátila Aniela - advogada e ex- jogadora de vôlei FOLHA: Bom, vamos falar um pouquinho da Tátila na área do esporte para que nosso leitor possa tomar conhecimento e conhecer esta grande mulher. T.A.: Bom, a Tátila atleta era uma pessoa dedicada, disciplinada pelo estudo, sempre fui muito disciplinada e sempre amei o esporte, ainda amo, parei por outros rumos que a minha vida tomou opções que temos que fazer para seguir em frente, mas o meu amor pelo esporte continua o mesmo. FOLHA: Nós iniciamos a entrevista falando da Tátila para falar um pouquinho, você entrou falando de esporte. Agora vamos lá, qual é o esporte que a Tátila pratica, praticou e que foi profissional na sua carreira? T.A.: Eu joguei vôlei desde os 12 anos e ainda jogo, mas de forma amadora com umas amigas que também já pararam de jogar, e só por diversão duas a três vezes por semana. Mas a minha carreira começou mesmo no Mackenzie com o Demicélio. FOLHA: E depois você seguiu em frente?, foi para alguns outros clubes?, Alguma coisa assim Tátila? T.A.: Sim. Eu iniciei no Mackenzie, fui convocada duas vezes para a seleção mineira, seleção brasileira e a partir daí eu fui para São Paulo, que foi um marco na minha vida como filha única. Saí de Belo Horizonte nem pegava ônibus sozinha e decidi ir para São Paulo em 2002 com 16 anos. Larguei tudo, família, tudo e fui para São Paulo, fiz um teste no São Caetano e passei. Pinheiros me chamaram, Suzano me chamou e aí fui numa temporada para Suzano. Inclusive fomos campeãs na época em cima do Osasco, na época o Osasco contava com a Mari que hoje também é seleção brasileira junto com a Sheila com que eu joguei no Mackenzie. E a partir daí eu comecei a sofrer um pouco a falta da família, falta dos pais, o convívio com os amigos e nós fazemos muitos amigos, mas é uma coisa muito rápida às vezes num ano você está numa equipe, no outro ano a equipe muda completamente, você tem duas, três pessoas que eram da mesma equipe e aí renova todo mundo, as pessoas são diferentes, são novas amizades, um novo círculo de amizades, mas nós vamos sentindo falta daquele vínculo. Por exemplo, eu tenho amigas de infância hoje aqui, mas foi difícil manter a amizade?. Foi, porque eu saí numa época antes de fazer o terceiro ano aqui do ensino médio e aí aquela transição de ir para a faculdade a turma toda preparando, uma correria, amo vôlei, continuei o estudo, mas o meu foco na época, o meu objetivo era o vôlei. Só que eu fui colocando o pé mais no chão, comecei a ter várias lesões, fiz uma cirurgia no menísculo num ano, no outro ano eu tive que fazer no outro joelho e tive diversas lesões no ombro, no pulso, pé, tornozelo e tudo que imaginar eu já tive até canelite. FOLHA: Bom entre a questão de você ter que estar longe da família, do aconchego do lar, do colinho da mamãe, do carinho do papai e etc... Ir para um profissional. Você poderia falar para os nossos leitores qual é a sua maior gratificação que você teve nisso por ter feito esse desafio? T.A.: Sim. Bom, eu acho que o aprendizado maior foi o amadurecimento, eu acho que para a Tátila pessoa hoje, eu sou o que sou por causa das minhas experiências. A pessoa é fruto das experiências que ela vive, e o vôlei tanto para a disciplina e como um relacionamento interpessoal também, eu acho que o vôlei me ajudou muito. Sempre fui uma menina muito tímida, muito quieta e fechada. Eu continuo sendo uma pessoa tímida, mas eu tenho uma visão diferente das pessoas, o relacionamento é muito diferente e eu acho que o vôlei me ajudou a amadurecer muito, amadurecer muito e rápido. FOLHA: Agora, a gente passando pela praça Bom Jesus em Matozinhos, passeando até mesmo para conhecer um pouco a cidade, houve muitos elogios para você principalmente na questão de uma modelo, porque você tem tudo Tátila para uma modelo fotográfica, uma modelo para estar na área de publicidade, ou ser uma miss até e tudo. Isso não despertou em você quando era mais nova para poder seguir essa carreira não? T.A.: Não. Eu esperei desde criança quando da primeira partida que eu lembro até hoje. A primeira partida de vôlei que eu vi na minha vida, foi um jogo da seleção masculina e eu olhei para aquilo e achei interessantíssimo. Eu falei: ´Meu Deus como eles conseguem fazer isso?, eu quero fazer isso´´. Enchi o saco do meu pai, falei: ´´ É isso que eu quero, eu quero fazer isso´´. ´Arruma um jeito de eu aprender a jogar, que eu quero jogar´´. Eu tinha 12 anos. FOLHA: Agora você atualmente abandonou o esporte profissional, mas você continua praticando como lazer do dia-a-dia, mas vamos falar hoje na atualidade a Tátila como profissional, fala um pouquinho para o nosso leitor conhecer o outro lado profissional que a Tátila está levando. T.A.: Bom hoje eu sou uma apaixonada pela justiça, pelo direito, eu sou advogada especialista em direito público, mestrando em administração com ênfase no meu projeto em administração pública e é uma paixão mesmo. Eu amo a máquina estatal, eu amo a justiça e não me vejo de outra forma, vou ser muito sincera o esporte é uma paixão, mas eu vejo o esporte realmente como um lazer, eu tenho uma gratidão imensa pelas pessoas que me inseriram no meio esportivo, tenho uma gratidão imensa pelo esporte, pela minha carreira esportiva. Mas eu reconheço tudo o que o esporte fez por mim, mas eu vejo que o direito é a minha vida, eu sou apaixonada. Tanto que o marco que foi a minha decisão de parar, não quero fazer mais cirurgia, não quero fazer nada, não quero fazer tratamento, fisioterapia, não quero nada, eu quero parar, foi quando eu iniciei minha faculdade ainda em São Paulo, a equipe que eu jogava a Guarulhos bancava a minha faculdade a Universidade de Guarulhos e eu comecei a freqüentar aquele ambiente, estudava a noite, as pessoas eram muito diferentes, as cabeças das pessoas eram muito diferente do meio esportivo e aquele convívio eu fiquei encantada, maravilhada, eu ficava conversando com os professores, eu fiquei assim: ´´Nossa é isso, eu me encontrei, eu me achei hoje´´. E a partir daí eu falei não, não quero esporte. Eu tive propostas para ir ao mesmo ano para a Espanha, para Portugal e recusei porque eu tinha certeza de que estava no caminho certo. FOLHA: Bom, então hoje você é uma advogada e atualmente você é apaixonada pelo direito, o direito público e etc... . Mas a gente vê na Tátila uma pessoa que pode, ser a modelo de marcas de grife e etc..., caso aconteça algum tipo de proposta ou alguém te convide você recusaria Tátila?, Ou aceitaria? T.A.: Olha, eu até agradeço me sinto honrada, a minha sorte está alí sempre comigo, eu fico lisonjeada, também tímida, envergonhada. Mas eu acho interessante, hoje eu aceitaria, lógico, que eu tenho as minhas limitações até mesmo por causa da minha profissão. Eu não vou fazer uma coisa que não esteja de acordo com o que eu amo, com a profissão que eu realmente escolhi para mim. Mas se houver algum convite, algumas oportunidades estão abertas às propostas. FOLHA: Agora vamos a uma outra proposta também, nós falamos sobre a questão da modelo. O povo é que diz, o povo é que comenta: ´Nossa! Mas por quê?´´, até mesmo as mulheres se apaixonam em ver a Tátila. O nosso leitor tem que tomar conhecimento disto. Você aceitaria se caso o nosso prefeito municipal, o nosso secretário de esportes, aceitaria um convite para que você pudesse conciliar de duas ou três vezes na semana ou uma vez pelo menos na semana, a ensinar aquilo que você aprendeu no vôlei para as meninas da nossa cidade? T.A.: Com certeza. Até mesmo porque o vôlei é um aprendizado de vida. Hoje eu tenho isso bem claro, que socialmente eu sou uma pessoa que quer fazer algo pela sociedade, socialmente o vôlei é um esporte que insere, as crianças principalmente e ajuda e então eu acho que...não eu não tenho dúvidas de que se houver uma proposta e todos chegarem a um consenso eu aceitaria sim. FOLHA: Bom, agora vamos a uma pergunta, que isso aí a gente tem observado desde que eu conheci você. Você praticamente tem uma fada madrinha que te conduz, que diz:´´olha faz isso´´, ela se impolga com você. Esse tipo de energia positiva vindo do lado de uma pessoa que é sócia, faz a gente se sentir muito e muito bem. A doutora Jussara, vamos falar dela. O que você diria dessa parceira que você tem? T.A.: A Jussara eu não tenho nem palavras para descrever como que é a nossa relação. Porque começou da forma mais inusitada possível, eu fico até um pouco emocionada. A gente se conheceu em 5 anos e 4 anos na verdade de faculdade porque dois períodos eu estudei em São Paulo, então no segundo ano de faculdade eu vim para Belo Horizonte estudar e nós éramos da mesma sala e não tinhamos contato nenhum e aí caímos numa armadilha da vida, vamos dizer assim, que foi a prova da OAB. A ordem uniu num momento de desespero, nos uniu de uma forma que não esperávamos. Porque nós se quer trocávamos praticamente um boa noite em sala de aula, nossa sala tinha sessenta e poucas pessoas. Então você tinha seu grupo de convívio e pronto, normalmente você não tinha como conviver com todo mundo e a Jussara era mais de uma turma, eu era de outra, então nós éramos distantes mesmo. E nós tivemos uma força muito grande quando nos unimos para buscar o nosso objetivo que é a carteira da ordem. Isso mudou tudo, mudou a minha vida e eu sei que mudou a dela também. FOLHA: É importante leitor, você que está lendo esta entrevista à questão da naturalidade do ser humano, das pessoas e vale a pena você também caso necessite, precise de uma orientação na área de advogados, advocacia, procurarem a Tátila conversar com ela ou também a sua sócia porque as duas são como se diz, uma por todos e todas por uma só. Você poderia para encerrar essa entrevista, fique a vontade, falar para o nosso leitor caso queira conhecer vocês, a área profissional do seu escritório, fique a vontade e feche a nossa entrevista conforme lhe convir. T.A.: Bom, primeiro gostaria de agradecer a oportunidade e falar que nós estamos aqui na Praça Bom Jesus, nº 43 – A, sala 04, aqui bem no centro de Matozinhos. Nós trabalhamos hoje com todas as áreas, consulta qualquer coisa que alguém, um dos leitores tiverem curiosidade pode nos procurar, estamos aqui abertos, o atendimento é gratuito, nós não cobramos consulta, estamos abertos ao público em geral, qualquer dúvida sobre direito, cidadania. Às vezes as pessoas têm dúvidas básicas da cidadania mesmo. Vem aqui bater um papo conosco, porque é interessante essa troca pessoal com o povo e eu acho isso importante para nós que atuamos na área jurídica ter uma troca da população também. Às vezes dúvidas, que nós podemos levar aí talvez: Ah, prefeito vamos fazer um projeto para esclarecer, porque estão vindo várias pessoas lá no escritório com dúvidas sobre isso, coisa que podemos fazer um esclarecimento aí, vamos colocar no jornal. Então acho que é interessante essa troca com a população e assim estamos abertos. FOLHA: Existe um telefone de contato, para o nosso leitor tomar conhecimento? T.A.: Tem os dois celulares, o 9674-1814 que fala diretamente com a Jussara e o 9901-0105 que fala comigo.

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